As profissões do futuro e os desafios do mercado de trabalho

Não é tarefa fácil analisar o cenário do mercado de trabalho para tecer expectativas sobre quais profissões irão valorizar nas próximas décadas. A Quarta Revolução Industrial chegou muito mais rápido do que as demais e, desde 2010, vem agregando novas – e apressadas – tendências ao mercado de trabalho.

O aprimoramento da automação, combinado à tecnologia da informação, vem edificando um contexto no qual a colaboração entre humanos e máquinas será cada vez maior – seja através da inteligência artificial, dos algoritmos, da big data ou de outras ferramentas tecnológicas. 

 

Para se manter relevante no mercado de trabalho do futuro, adquirindo as habilidades desejadas pelos empregadores, faz-se necessário manter-se atualizado e em constante estudo. É por isso que listamos abaixo três dessas características e o porquê elas são de suma importância:

(i) Aproximação com a tecnologia

O mundo digital produz quantidades gigantescas de dados, que servem para uma infinidade de propósitos: análises, aumento de vendas, marketing, atendimento. Isso implica na procura por bons profissionais que entendam essa dinâmica e saibam utilizar os dados de forma estratégica. Aqui, não basta apenas saber ler toda a informação, mas é necessário também saber aplicá-la de forma focada em resultados.

Fatores como o aprendizado de máquinas – também conhecido como “machine learning” – serão cada vez mais comuns no futuro e qualquer pessoa que saiba lidar com máquinas inteligentes sairá na frente.

(ii) Valorização de soft skills

As máquinas estão se tornando cada vez mais eficientes e isso é um fato. É justamente por isso que acaba se tornando crucial que se aperfeiçoe as competências que elas não são capazes de reproduzir: as competências relacionadas à essência humana.

Habilidades como inteligência emocional, proatividade, saber trabalhar em equipe, habilidades de liderança e até mesmo uma visão otimista do mundo são habilidades cada vez mais valorizadas no mercado de trabalho. E isso porque seremos obrigados a enfrentar cenários cada vez mais obscuros e caóticos, cheios de mudanças e com diversos altos e baixos: saber manter a cabeça no lugar será fundamental.


(iii) Foco na experiência do usuário (User Experience)

O empoderamento, o acesso fácil à informação e a maior conscientização dos consumidores exigem comunicações e soluções que entreguem experiências personalizadas e memoráveis, facilitando a fidelização do cliente.

É por isso que a preocupação com o desenvolvimento de produtos e de serviços centrados no cliente será cada vez maior. O grande foco será colocar o cliente no centro de todas as decisões e garantir a ele a melhor experiência possível junto ao produto, serviço e/ou atendimento.

(iv) Altas habilidades cognitivas

O mundo fica cada vez mais complicado e maluco e as linhas entre uma decisão acertada e outra equivocada ficam cada vez mais embaçadas. Nesse sentido, alta instrução, escrita avançada, pensamento crítico e profunda capacidade de processamento de informações complexas são habilidades extremamente importantes.

Conseguir analisar e chegar a uma conclusão rápida em um mundo cada vez mais apressado e cheio de informações, e fazer isso de forma crítica, levando em conta diversas partes de um mesmo contexto, vai ser muito importante para qualquer pessoa que tem a intenção de se manter relevante no mercado de trabalho.

É claro que todas essas predições, embora baseadas em dados e estudos, podem estar equivocadas. O mundo muda com tanta velocidade que a obsolescência das coisas, programada ou não, muitas vezes nos prega peças e o que dávamos como certo, acaba indo por água abaixo.

É por isso que, além de estar antenado com as tendências do futuro, é muito importante ouvir seu chamado vocacional e compreender o seu papel no mundo. Aquilo que você acredita, piamente, que pode desenvolver e contribuir para o maior bem-estar da humanidade. O mundo não precisa apenas de analistas de dados ou de programadores vorazes. Precisa também de arte, de música, de compaixão e de alegria. Se este é seu chamado – e se ele não se encontra dentro do que os especialistas consideram como uma profissão do futuro – também está tudo bem.